Eu tenho muito espaço.
Espaço poético, físico, abstrato, de acesso, até de criação.
Eu tenho a rua, a casa (minha e sua), a loja, a escola, alguns museus.
Eu quero estar em tudo. Não só porque me gusta me lançar no espaço...
Mas é que onde estiver estarei segura (mesmo que na merda).

Meu mais triste hoje, é o espaço que há entre eu e meu grande amor.
Meu pai se cansou de aplaudir minhas apresentações (com cinco anos era mais fácil).
E a minha vida que fica aqui em casa é uma montueira de papéis e livros que nunca li.
Essa casa é menos minha a cada dia que passa...e piora a cada hora sem emprego, sem mestrado, sem qualquer conquista só minha. Conquista bem concreta daquelas que dá pra tacar na cabeça e machucar nos momentos de cheque-mate.